quinta-feira, novembro 10, 2005

Como acabar?

Como acabar?
Como terminar?
Como findar?
Com que chave de ouro
Com que revelação brindar o espírito
Deslumbrar a mente inquieta
É uma dúvida constante
Não sei de finais próprios
Adequados
Oh, tormenta
Quisera eu dominar as palavras
Apenas para me ver cativa do seu caos multiplicador
Para me perder nos seus silêncios
Mas insistem em se ocultar
Inscrevem-se, mas nada dizem
E que tanto quero dizer
Não consigo escolhe-las
Escapam-se, iludem-se na alvura
Transfiguram-se em vazios, em inexistências
Somem-se sem rasto
E eu não findo
Não concluo
Não acabo o meu relato

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