sexta-feira, novembro 05, 2004
Terminal de Aeroporto
Há quem considere que a nossa pátria é parte indistinta da nossa identidade. Ou seja, o facto de, por exemplo, ter nascido em Portugal imprimirá em mim uma qualquer marca indelével na minha personalidade e identidade.
Mas, e se, de repente, a minha pátria deixar de existir?
Deixarei eu também de existir?
Ou serei simplesmente eu, sem um dos rótulos que me podem ser associados?
No entanto, a nacionalidade é um dos rótulos sem o qual, nos dias de hoje, não podemos passar. Que o dia Viktor Navorski, a personagem interpretada por Tom Hanks, Oriundo de um pequeno pai do Leste europeu. Exactamente quando Viktor chega aos EUA, a sua pátria deixa de existir e todos os seus documentos se tornam inválidos. Sem qualquer tipo de documentação reconhecida por lei, e por isso impedido de entrar no país, bem como de sair, Viktor vê-se na contingência de viver no aeroporto durante vários meses. E é este período que vamos acompanhar. Como (sobre)viver num local de passagem?
Dificuldades à parte, desenvolvem-se amizades com direito a sacrifícios finais, há até tempo para um pequeno interlúdio amoroso, mas sobretudo podemo-nos aperceber do ridículo e das ironias que esta situação envolve.
É um filme que se vê muito bem, apesar de não ter gostado muito do final que achei bastante previsível. Gostei do genérico inicial a lembrar o Apanha-me Se Puderes, esse sim genial.
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2 comentários:
Faltaram-te o "s" e o acento no "i" em "país" (linha 11)!
Bigada, mas confesso que gosto mais dos comentários, mesmo quando em contradição com os meus.
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