Os segundos que tardam em passar
São perdidos na ignorância.
Voltam jamais e nada fizeram
É ilusão o relógio na parede
Na sua marcha repetitiva
Faz-nos crer
Que o tempo vai e volta
Mas o seu monótono percurso
É ludibriado a cada momento
Os números repetem-se
Mas nunca os segundos
Mal espreitam, mal fogem
E não retornam
Nunca
Ao ponto de partida
E enganados vamos
Crentes no regresso
Dos segundos perdidos
Como que por magia
Quando o momento por fim surge
Quando o tempo é necessário
Por gozo, crueldade mesmo
Insiste em partir
Mais rápido ainda
Do que já partido tinha.
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