sábado, julho 23, 2005

A Cidade Deus

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Se correr o bicho pega,
Se ficar o bicho morde.
Que diferença pode uma máquina fotográfica fazer na vida de uma pessoa? Pode salva-la de um destino fatalmente dedicado à marginalidade.
A história acompanha a vida de dois amigos criados numa das mais conhecidas favelas brasileiras, a Cidade de Deus, e como enveredar pelo crime e a marginalidade é quase tão natural como a sua sede e do qual não há saída. Mas um deles, ao ser presenteado com uma máquina fotográfica, consegue encontrar um lugar nessa sociedade clandestina de uma quase invisibilidade e que lhe permite o acesso a uma outra sociedade, a dita normal e moralmente aceitável.
As grandes “diferenças” desta narrativa são a utilização de saltos narrativos e a sua fotografia (no que agora a academia denomina de cinematografia).
Mas o melhor mesmo deste filme que foi buscar os seus actores às favelas, é que para alguns deles funcionou exactamente como a máquina fotográfica funcionou para a sua personagem principal, ou seja, livrou-os de uma vida de marginais e é possível ver vários deles em várias produções da Globo. Afinal, a arte ainda serve para modificar vidas.

2 comentários:

Jorge Moniz disse...

E a banda sonora... a banda sonora...

Anónimo disse...

O filme é fantástico. Achei piada, muito especialmente, às personagens do gang do Caixa Baixa. É incrível como miúdos que mal sabem andar ("Anda daí, Gigante, vamos passar geral") coonseguem parecer tão ou mais perigosos que os adolescentes, já bandidos calejados.
Por outro lado, não me parece que a história acompanhe a vida de dois amigos, mas sim de uma série de inimigos...