terça-feira, setembro 13, 2005

Quero culpar-te!

Silenciosamente puseste-me fora da tua vida e eu sem perceber… o que te fez desligar a ligação. Afinal, foste tu que me procuraste.
Quero culpar-te e assim redimir-me da frustração da falha. Quero poder dizer que não fui eu que nos afastou. Mas também não fui eu que nos ligou. Mas eu nunca disse não, nem sequer me impus. Fui até demasiado compreensiva. Eu e a mania de entender os outros. E depois recalco o que realmente anseio. Omito os meus desejos.
Quero culpar-te: de criar em mim a esperança. Não, pior, quero culpar-te da minha culpa. A minha culpa de saber que só me davas migalhas e que eu insisti em receber e até mesmo em mendigar.
Mas chega um dia em que é necessário aceitar a nossa falha, a nossa culpa. Assumo-a agora.
Sinto-me pronta para fechar a porta. Já vai sendo mais que hora.
The moment is here…
Saio.

3 comentários:

Obi-Kan Pereirinha disse...

We are doomed my friend...

Adelaide Bernardo disse...

Pois, essa é a grande diferença entre nós dois: eu recuso-me veementemente a considerar-me condenada. Posso até não encontrar o que procuro, mas declino qualquer negativismo em relação ao assunto. Se te sentes condenado, olha não posso fazer nada por isso. Apenas não me incluas no mesmo rol. Obrigada.

Anónimo disse...

100% apoiado.
Os amigos e as amigas estão cá é para isso, levantar astral, apresentar novas pessoas, ir sair e divertir para nos sentirmos bem e conviver com o mundo que existe lá fora. Jinho