sexta-feira, março 11, 2005

Príncipe Encantado

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Muito tenho lido sobre o príncipe encantado, a pessoa certa ou errada, a cara-metade, a metade da laranja, enfim, essa pessoa especial que é suposto dar sentido e alegria à nossa vida. Cada pessoa tem a sua opinião cada vez mais desiludida e a sua experiência com alguns tombos pelo caminho. E todas elas têm a sua verdade e a sua validade.
Ainda não encontrei a minha pessoa, talvez até já a conheça, mas ainda não a encontrei. Ou talvez até já a tenha conhecido, mas deixei-a escapar. Será? Na verdade não sei.
Sei apenas que ainda espero… e posso até continuar apenas à espera. Essa pode ser a minha opção. Não sei se a compreendem, mas pelo menos aceitem-na.
Por isso não tenho namorado, porque não quero namorar apenas para dizer que sim e ter alguém para apresentar nas reuniões de amigos e família. É essa a minha opção. E é escusado fazerem insinuações sobre as minhas opções sexuais.
Porque se tenho algum problema ou dificuldade em termos de relacionamentos, e eu sei que não sou exactamente uma pessoa fácil, não se deve ao sexo, mas sim aos sentimentos.
No que diz respeito a uma relação amorosa, tenho dificuldade em estabelecer uma relação de confiança. Não porque me tenham feito algo, mas já assisti a tanta coisa. E não adianta dizerem-me, tens de confiar, não podes ser assim. Eu confio quando tenho um grau de conhecimento das pessoas, e o conhecimento obtém-se com tempo e alguma paciência. Mas hoje em dia ninguém tem paciência. Conhece-se alguém, mas na verdade não se conhece.
Encontra-se alguém e parece que é obrigatório que se parta logo para as trocas de cuspos e de outros fluidos. Pois bem, nesta altura da minha vida não quero partir logo para aí. Podem até chamar-me antiquada, mas reservo-me o direito de conhecer alguém, mas realmente conhecer, antes de partir para outra fase. Não adianta sentirmo-nos atraídos fisicamente por alguém se depois não há mais nada em comum. Talvez para certas pessoas seja suficiente, a mim não me chega. Claro que uma boa queca inconsequente é bom, mas não me chega, quero mais. Já sei que me vão chamar exigente, mas não quero saber. Só pergunto: serei eu demasiado exigente, ou contentar-se-ão vocês com tão pouco. Vão dizer que sou uma iludida, que o seja, sou o conscientemente. Em último caso, sou eu, e só eu, a sentir as consequências.

6 comentários:

Anónimo disse...

Não estás iludida, nem és exigente apenas precisas de sorrir, ele vai aparecer, não sei se já o conheceste. Mas também vais ter os teus momentos de felicidade. Se as pessoas falam é porque nem todos somos iguais e nem todos procuramos da mesma forma. Falo por mim, somos muito diferentes e não é por isso que não somos amigas.

Anónimo disse...

“Ser ou não exigente sentimentalmente … … eis a questão!”

Estaremos nós a chegar aquela idade em que o “coração” começa verdadeiramente a arranjar espaço para a “cara metade”? E se sim, porque é que por vezes se torna tão dificil descobrir essa pessoa, e porque é que vemos tantos erros serem cometidos?

“As coisas mais dificeis de obter são aquelas que nós recordamos como realmente recompensantes …”

É verdade que podemos não ter a sorte de encontrar a “outra metade” logo na primeira tentativa e ir tombando de vez em quando … … mas acima de tudo não devemos ficar desiludidos … é preciso acreditar que existe alguém neste mundo que nos completa verdadeiramente, e depois de a encontrarmos é preciso lutar por ela todos os dias.

Eu encontrei alguém assim, embora neste momento esteja a passar por uma situação “complexamente indefinida”, mas sei que amo a minha “pessoa especial” sei que ela me ama, mesmo que neste momento não possamos concretizar esse amor, sabemos que nos completamos, precisamente porque tivemos “paciência para nos conhecermos”, mas também sabemos que ainda não demos o melhor de nós próprios. Ela precisa de se encontrar a si própria … independentemente dos caminhos certos ou errados que possa escolher para o fazer, eu próprio estou a meio de um processo de recriação do meu próprio EU, mas ainda assim, posso dizer com certeza absoluta que existe amor e com isso … … talvez um dia uma esperança … … mas nunca desespero! E sei que, embora exiga um esforço arduo e constante, se o sentimento que existe realmente prevalecer, as recompensas finais serão aquelas que nunca esquecerei durante toda a vida … … “The best may still be yet to come … … only time will tell …”.

Penso e aprendi que para poder reconhecer esta pessoa ou pelo menos para não a perdermos é preciso que estejamos mesmo bem com nós próprios … … não é o “amor da tua vida” que vai dar sentido e alegria à tua vida (embora possa ajudar bastante) … isso é algo que tu tens de encontrar dentro de ti própria. Se souberes exactamente quem és, quem é o teu verdadeiro EU, não terás problemas em filtrar essa pessoa especial no meio da multidão. Acredita que são os outros que se contentam com muito pouco … … provavelmente dirão que “quem não arrisca não petisca”, que tens que ir em frente e mergulhar de cabeça, que mesmo que se sofra isso é parte da vida, que só quem sofreu é que pode verdadeiramente dizer que amou … … mas às vezes estas pessoas dão-se tão facilmente a “ilusões” que logo à partida têm estampadas as palavras “erro e sofrimento”.
Conheço tanta gente que se atira de cabeça, que deixa a exigência guardada num bau em casa, que já namorou ou curtiu vezes sem conta, e pergunto-me – Será que estas pessoas com a sua lógica de “tentativa e erro”, de que só o presente interessa, são mais felizes que tu ou eu? Sinceramente acho que não. Posso ter namorado e amado poucas vezes, posso ter-me apaixonado poucas vezes, mas pelo menos tenho a certeza daquilo que senti e daquilo que sentiram por mim, sei distinguir entre atracção, amizade, paixão e amor (embora por vezes seja díficil) e posso-me arrepender de não ter feito certas coisas num dado momento mas … quando olho para trás não me arrependo mesmo de nada e sinto-me bem comigo mesmo. Será que todas estas pessoas com quem partilhamos a mesma “geração” podem dizer o mesmo?
Por tudo isto “Del” digo-te, sê feliz contigo própria e não caias no erro da desilusão e do desespero, mantém a tua exigência, os teus padrões de qualidade, podes demorar mais tempo a encontrar o teu príncipe … … mas qualidade é melhor do que quantidade … … e repetindo-me: as conquistas mais dificeis de obter são aquelas que terão sempre o sabor mais doce, aquele sabor especial que dura toda a tua vida … … a espera não será eterna ...

Anónimo disse...

"A arte de conduzir a vida é a arte de viver bem, de viver como deve viver um ser humano para ser verdadeiramente feliz."

Sto Agostinho...

Anónimo disse...

O Will Dafoe como princípe encantado? É uma escolha muito bizarra...

Adelaide Bernardo disse...

Well, but then again, I'm not like other people, isn't it?

Anónimo disse...

Disse "bizarra" para não dizer "horrível". Esse homem é asqueroso, e tem pinta de drogado! Não o queria na minha cama por nada deste mundo!