quarta-feira, março 09, 2005

Beleza comprada

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Recorrer ou não à cirurgia estética como factor primordial na obtenção de auto-estima?
A verdade é que tudo na via é relativo e primeiro temos de aprender a lidar e a aceitar essa relatividade. Depois, olhar para nós e tentar perceber se o que nós não gostamos é um factor puramente estético ou tem implicações em termos de saúde. Penso que é também necessário pensar no que podemos alterar no nosso dia a dia e estabelecer metas tangíveis e realistas. Talvez em ultimo caso, uma cirurgia seja a resposta.
A realidade é que todos nós temos algum tipo de insatisfação com o nosso corpo. Ou somos gordos, ou demasiado altos, ou narigudos, orelhudos, com peitos desproporcionais, etc. são tantas as imprecisões, quantas as pessoas. Afinal, cada cabeça sua sentença.
No meu caso, não me estou a ver fazer uma cirurgia por razões meramente estéticas. Apesar de ter excesso de peso, este não interfere no meu dia a dia. Consigo fazer o que as outras pessoas fazem. Também é verdade que como não faço exercício físico, corridas e outras actividades me deixam um pouco sem fôlego. Mas isto deve-se apenas a uma enorme preguiça da minha parte.
À cerca de seis anos atrás encetei uma dieta, que nem gosto exactamente de chamar dieta, porque não me privei de nada, apenas moderei as quantidades de alimentos digeridos e optei por comer mais vegetais. Mas, por exemplo, quando ia a um jantar ou festa de aniversário, nunca deixei de comer doces ou de comer aquilo que gostava somente pela perda de peso. Aproveitava esses dias para me satisfazer e nos outros moderava. E uma das primeiras consequências foi que deixei realmente de sentir a necessidade de comer as quantidades que anteriormente consumia. O mais chato era por vezes a reacção das pessoas: “só comes isso?”, “ficas realmente satisfeita?”. Sim fico, porque se não ficar como mais, disso não tenham dúvida. E o melhor? No período de cerca de dois anos perdi gradualmente cerca de 10 quilos.
É claro que já ganhei algum desse peso, mas a culpa não foi de ninguém a não ser minha, porque nem sempre tomo os mesmos cuidados que tomei durante esse período. Mas a verdade é que é possível perdermos peso, às vezes com coisas muito simples. Mas é claro que cada caso é um caso, e há pessoas que precisam de mais ajuda. E essa ajuda é por vezes mais de factor psicológico do que físico, porque é necessário uma certa disciplina e calma. Não adianta stressar, porque a única consequência vai ser o aumento de apetite.
No entanto, tenho pensado ultimamente em fazer uma cirurgia, que a fazer terá implicações estéticas, mas não são essas que me motivam. Quem me conhece sabe que tenho um grande nível de miopia, então estou a pensar fazer daqui a dois, três anos uma cirurgia laser para corrigi-la. Mas não é o lado estético que me move, é mesmo o pensar um pouco a longo prazo: se hoje tenho a miopia que tenho, como será daqui a 10, 15, 20 anos, quando, naturalmente, o corpo começara a perder as suas qualidades e consequentemente a miopia piorar? Se minimizar a miopia agora, talvez quando a idade avançar eu ainda consiga ver as coisas que me rodeiam.

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais importante do que a beleza exterior é a interior, mas por vezes para nos sentirmos bem connosco precisamos de mexer em nós. Eu, pessoalmente nunca o faria, a única coisa que sou capaz, mas não para me sentir bela, mas para estar saudável é a dieta que tenho em curso ( pois porque a seguir é para engordar novamente e não quero ter complicações).
Quanto à operação fazes bem, não é uma questão de estética mas do eu melhorado.