É normal nesta altura dos acontecimentos fazerem-se avaliações do que correu bem e menos bem durante o ano. É também hábito tecer-se uma lista de resoluções de ano novo com o objectivo de se evitarem erros antigos e mudar aspectos menos apetecíveis na nossa vida.
Pois bem, há já uns poucos de anos que me deixei de fazer essa lista, seja ela composta de intenções prosaicas, como deixar de roer as unhas, ou resoluções mais complexas, simplesmente porque não é uma passagem de ano que vai alterar nada.
As mudanças de comportamento e de atitude existem quando se tornam imperiosas ou quando já a postura anterior já não faz sentido. E nós mudamos quando a vida nos obriga a isso.
Já sei de antemão que a minha vida vai ter bastantes mudanças ao longo deste ano. A começar pelo facto de que saírei do trabalho onde estou a partir de Julho. Depois é claro que mudará muita coisa. Mudará o trabalho, mudarão os colegas, mudarão os horários, terão de ser feitos outros ajustes.
É claro que gostaria que acontecessem várias coisas este ano que não aconteceram no ano passado. Coisas que gostaria de ter feito e não fiz. Como aquela ida ao Fantas ou aquele beijo que não roubei, e talvez já seja tarde demais para o fazer, ou até que as minhas inseguranças fossem dar uma volta.
Mas o que tiver de acontecer, acontecerá, por isso vamos lá viver a vida a cada momento. E se não acontecer tudo que queríamos, que saibamos pelo menos aproveitar o que for acontecendo.
2 comentários:
roubar é feio
mas se quizeres dou-te muitos :* eheheheh
Ass. Little Pear tree
Sim, porque "roubar" beijos é um eufemismo para VIOLAÇÃO!!! Depois, não te admires se aparecer um agente do DIAP à tua porta. E não o beijes: já tentei e não resulta...
Quanto a resoluções de ano novo, concordo que são uma ideia bastante fútil, mas não deixam de fazer algum sentido. A verdade é que deveriam passar a ser "resoluções de novo dia": cada ano tem 365,25 dias, pelo que a adopção desta filosofia aumentaria 365,25 vezes o número de resoluções tomadas. Assim, haveria um balanço sistemático e uma reavaliação contínua da vida degradante que levamos, que poderia traduzir-se numa recuperação milagrosa da alegria de viver ou no suicídio motivado pela depressão.
Em qualquer dos casos, problema resolvido!
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