Percebo agora que faço parte de uma comunidade que deve muita da sua (in)formação a esta livraria situada no coração de Lisboa. Não fiz parte dos seus leitores mais duradouros, nem fiéis, nem mais investidores. A minha ligação à Buchholz durou quatro anos, os mesmos da minha licenciatura, e deveu-se, devo confessar, sobretudo à proximidade física da Universidade e da livraria. Afinal, era só subir a rua.
Mas alguns dos livros que lá descobri, alguns por obrigação, outros por gosto, fazem parte da minha formação e do meu imaginário: Wuthering Heights, Hawk Moon & Motel Chronicles, Paroles, Orfeu Rebelde… Foram vários.
A verdade é que gostava nas horas livres ou nos furos inesperados de deambular no seu tablado e percorrer as lombadas dos livros expostos. E, não dependesse eu monetariamente dos meus pais, teria feito grandes desfalques àquelas prateleiras. Mas, enfim, recordo esse período como sendo de uma grande descoberta e parte dela foi retirada dessa bela instituição denominada Buchholz. Obrigada!
1 comentário:
Tristeza para nós: o livro irá morrer.Não proibido, como no filme de Truffaut, mas tornado inútil por este espantoso meio de comunicação que é a internet. É mais triste um mundo em que não se tem o prazer de tocar o papel para nele encontrar sabedoria e beleza.
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