Na figura de um homem negro
e olhar insidioso
Que te rasga o interior
E te espalha no chão
Em pedaços de dor lancinante.
Só muito tempo depois te ergues
E lentamente
Juntas os cacos
Da tua vida dilacerada.
Feridas curadas a custo
Lambidas no amâgo da solidão
De noite perdidas na escuridão.
Quando te recompões é só para cair de novo
E de novo e de novo
No mesmo negrume.
Quando procurarás a luz
Uma nova cor que não te tolde a visão
Que não oculte a perspectiva
Quando verás mais além, além do negro em frente.
Vê a cor além, o futuro que te espera.
Giulino Bekor (imagem inserida a 07/01/2014) |
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