Poderá alguém saber com toda a certeza onde estará no dia depois de amanhã? Poderá algum técnico prever com certeza o tempo que fará no dia depois de amanhã? E se o dia depois de amanhã não existir?
A história deste filme assenta na premissa de que o aquecimento global, ao provocar o degelo das calotas polares, poderá causar uma segunda idade do gelo. Esta teoria, tida por muitos como impossível, torna-se, no entanto, realidade. Derrubando qualquer modelo de previsão meteorológica e sem qualquer tipo de aviso, esta calamidade atinge grande parte do hemisfério norte, que se torna um imenso glaciar.
Para além do desenvolvimento desta enorme catástrofe climatérica que nos permite ter grandes cenas de efeitos visuais, a história prossegue igualmente com a sua faceta mais humana. E neste aspecto, em vez de dispersar a linearidade do filme em diversas histórias particulares, o filme segue apenas a o cientista que previu a catástrofe em busca do seu filho soterrado na biblioteca Municipal de Nova Iorque.
Gostei de vários pormenores do filme: a visualização das tempestades e o seu modo de actuação; a fuga aos efeitos pirotécnicos (acho que é o primeiro filme catástrofe que vejo sem explosões); o edifício em que os jovens se refugiam ser uma biblioteca, pois são os edifícios do ponto de vista estrutural talvez mais bem capacitados para resistir a uma calamidade; a alusão à Bíblia de Guttenberg e às leis sobre os impostos; uma nova maneira de ver Nova Iorque “destruída”.
Não gostei: da animação dos lobos; numa biblioteca há mais para queimar do que livros, por exemplo, mesa e cadeiras.
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