terça-feira, novembro 14, 2006

De portus ficcionis

Visitei agora o Porto.Ficção porque julguei que só agora saberia identificar alguns dos seus locais e assim compreeender as suas intesidades e profundidades. No entanto, a maioria dos contos desta colectânea elaborada son a égido da Porto 2001 tanto poderia, a meu ver, ter como pano de fundo o Porto como qualquer outra cidade. Claro que são mencionados locais, mas estes nem sempre conferem qualquer intensidade às histórias de que servem de cenário. São apenas isso: cenários, e não personagens de súbtil intervenção, como inicialmente esperava.
Talvez o erro seja meu. Não se deve esperar nada dos livros, apenqas receber o que eles estiverem dispostos a revelar.
Curioso é o facto de todos os textos dos autores brasileiros terem como temática o resgate de um passado familiar: uma mãe, um avô, uma infância, uma memória de palavras. É a maldição deste nosso país irmão que encontra em Portugal um sempre presente fantasma do passado. Nunca é a visão de um começo, de uma tábua rasa de descoberta, há sempre um grão de passado. Essa fatalidade nacional que nós mascaramos de saudade e que inevitavelmente passamos aoutros paises da lusofonia. Portugal é sempre um retorno e nunca um início.

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