Às vezes ando tão de um lado para o outro que não paro muito. Entre trabalho, afazeres domésticos, família e amigos, tudo tem sempre um pano de fundo sonoro. São raras as vezes em que me sento e interiorizo o silêncio possível. Ou o som mínimo.
Seja no campo ou na cidade, o silêncio é uma utopia não cumprida. Porque ao silêncio interior chega sempre o som exterior: carros em movimento, caixotes do lixo que se fecham, vizinhos que falam, crianças que brincam, campainhas que tocam, passos nas escadas acompanhados pelo plástico dos sacos de supermercado, elevadores, interruptores, aviões ocasionais, pássaros na árvores.
Hoje ouvi tudo isso no silêncio da minha casa.
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