Já tanto se disse e já tanto se escreveu sobre o último Allen que este post não vai trazer nada de novo (se é que os meus posts alguma vez o trazem). Uns dizem que é o melhor filme do realizador da última década, outros que é o menos parecido: ou porque falta Manhattan como pano de fundo ou porque falta qualquer outro complexo mais ou menos edipiano.
O que MP tem de bom é a quase ausência de realização, quase porque é tão discreta quanto a história que relata é simples e é esta que sobressai. Não há efeitos especiais relevantes, não há uma fotografia excepcionalmente bela ou rebuscada, há sim uma eficácia de imagem em prol da história e das personagens.
O argumento é simples como já disse, escorreito, sempre coerente com a tese (a vida é uma jogo e como em qualquer jogo, para se ter sucesso é preciso ter sorte) que defende, o que o torna bastante irónico. E esta sim é uma característica profundamente alleniana. E a tese? Só isso daria para vários posts.
Mas nem tudo são rosas neste filme. A interpretação de Rhys-Meyers deixa muito a desejar e está mais para cabotino, do que outra coisa, e a passagem do tempo só é transmitida pelos diálogos, de resto, nada nos indica que se passam meses ou anos.
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